sábado, 31 de maio de 2014

A FIGURA DO MONSTRO NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL




                                            
                                                    Eliedson dos Santos Sousa

RESUMO:
 São inúmeras as discussões acerca da monstruosidade nos contos de fadas. O tema tem se tornado polêmico e desafiador, pois muitas correntes ideológicas o encaram de formas variadas, entretanto, deve-se considerar que há muito a ser discutido no que diz respeito à monstruosidade na Literatura Infanto-Juvenil. Por isso, este trabalho tem por objetivo analisar e discutir acerca da figura dos monstros nos contos infantis: O gigante e as três irmãs, Onde vivem os monstros, O Grufalão, e evidenciando seus arquétipos enquanto construções sociais. O artigo apresentará tais figuras (monstros) como construção social e, portanto, enfatizará também a importância de analisá-las como uma expressão dos anseios e medos da mente humana. Também se dará destaque aos arquétipos e os discursos construídos em torno da figura dos monstros nos contos de fadas, possibilitando que o leitor exerça um olhar crítico sobre o tema, para que assim o mesmo tenha condições, se assim o desejar, de desconstruir os discursos equivocados que giram em torno da monstruosidade.

PALAVRA CHAVE: Monstruosidade, literatura, discursos.

Apresentação

Durante muito tempo a monstruosidade tem sido encarada de uma forma não tanto apropriada, ou seja, os monstros têm povoado a literatura, os filmes, os jogos como seres maléficos, estranhos que extrapolam a normalidade tanto nos aspecto físico quanto comportamental. Esses seres são considerados criaturas totalmente opostas aos padrões humanos, e por isso, devem ser vistos como figuras que devem ser combatidas ou na melhor das hipóteses, evitadas como exemplos que não devem ser imitados. São poucas as pessoas capazes de perceber que, ao contrário do se costuma pensar, a monstruosidade está intimamente relacionada à natureza humana, com a psiquê do homem, com seus anseios, frustrações e medos, principalmente o medo do desconhecido.   
Como já foi dito anteriormente, tem crescido entre os pesquisadores o interesse sobre o tema, e a cada momento pode se constatar que esses seres fabulosos, não estão restritos ao universo infantil, mas também intrigam os adultos, pois a monstruosidade é, antes de tudo, uma construção social. Sendo assim, os monstros sempre tiveram presentes na história do homem. Em diversas culturas e em épocas distintas, tais criaturas faziam parte dos mitos e tradições dos povos. Sabe-se que na mitologia grega existiam monstros diversos. Um bom exemplo é a figura do Minotauro, que era uma criatura metade touro e metade homem. Ele habitava o labirinto erguido pelo rei Minos de Creta e projetado pelo arquiteto Dédalo e seu filho Ícaro, para abrigar a criatura. Outra figura intrigante era a Medusa, era um monstro do sexo feminino, filha de Forcis e Ceto . Quem olhasse diretamente para ela acabava se transformando em pedra. Ao contrário de suas irmãs Gorgonas, Esteno e Euríale, Medusa era mortal e posteriormente foi decapitada pelo herói Perseu que utiliza sua cabeça como arma para dá-la a deusa Atena que a colocou em seu escudo. Na antiguidade clássica a imagem da cabeça da Medusa era utilizada para afugentar o inimigo. Outro monstro que tinha destaque era o deus Tifão, a quem os gregos o responsabilizavam pela paternidade dos ventos ferozes. Cabe lembrar, contudo, que os gregos criaram os seus deuses à sua imagem e semelhança, isto é, os deuses amavam traíam e matavam seus opositores. Na cultuar hebraica é possível se ver a figura do leviatã e dos gigantes dos tempos bíblicos, como Golias, por exemplo, que foi morto pelo rei Davi. É muito comum em qualquer cultura a crença de que os monstros representam obstáculos a serem vencidos pela força ou astúcia do herói, sendo assim, em muitos contos de origem diversa, os monstros são representados como vilões que devem ser derrotado pelo mocinho. Todos esses arquétipos foram progressivamente passado de geração em geração até atingir os dias atuais, entretanto, já podemos ver, em nossos dias, uma  mudança significativa no que  diz respeito à monstruosidade, pois estes seres estão se tornando cada vez mais próximos dos seres humanos. Pode se verificar tal fato no conto “Onde Vivem os monstros” de Maurice Sendak. O conto narra a historia de um menino hiperativo que numa certa noite ao vestir uma fantasia de lobo e fazer muita bagunça, a mãe o chama de monstro, em seguida, quando ele vai dormir , em seu quarto, surge uma floresta que depois levará o menino para terra onde vivem os monstros. Ao chegar nessa região os monstros ameaçam o garoto dizendo que iria devorá-lo, entretanto, o menino acaba intimidando os monstros para depois se tornar amigo deles. Verifica-se neste conto a apresentação da monstruosidade como parte da natureza humana e não como algo que é oposto a ela.

Quem são os monstros?

“O monstro não passa de uma barreira, impensável e sempre pensada, nos limbos da razão, como as raças monstruosas que habitavam na periferia do mundo humano. São os nossos guardiões e é necessário produzi-los apenas em número suficiente para nos ajudar a pensar e a manter a nossa humanidade em nós. Sob pena de já não sabermos muito bem o que faz de nós seres humanos.”
(GIL 1994:p.132)

Segundo Ana Margarida Ramos, a  monstruosidade é uma das temáticas mais antigas da humanidade, os monstros ganham expressão em diversas manifestações culturais como a pintura , escultura, arquitetura e até o cinema, entretanto, a monstruosidade sempre foi vista de forma negativa, pois como já foi dito, esses seres extrapolavam os limites de uma suposta normalidade. Os monstros assegurariam, há séculos , ao homem uma estabilidade, ou seja, quando o indivíduos olha para essas criaturas conseguem ver nelas o seu oposto, e daí se convence de sua própria normalidade. Os discursos que giram em torno da monstruosidade encaram esses seres como uma violação das leis, perigos, ameaças, aquilo que é irracional não dominável. Os monstros seria uma projeção de todos esses conceitos acalmando as angustias que dominam os homens. Vejamos o que diz autora:  

“Os simbolismos do monstro são os mais variados e, em alguns casos, podem ser mesmo contraditórios entre si. Os monstros encarnam, pois, receios e desejos vários e são sempre lugar para a reflexão dos limites do “normal”, para o questionamento do lugar do Homem num Universo desconhecido, repleto de bestas medonhas. Transferidos para os seres monstruosos, os  medos do indivíduo ou da coletividade objetivizam-se, tornam-se “reais” e podem ser combatidos e vencidos por força da inteligência e da astúcia, quando não da força. Deste modo, o Homem reivindica também o seu lugar de primazia no mundo, afirmando a superioridade da sua espécie e aquilo que a define como tal, numa posição que, nos dias de hoje, já é alvo de inúmeras críticas”.

Um bom exemplo no que diz respeito ao monstro ser combatido pela astúcia é o conto O gigante e as três irmãs. Esse conto é de Alice vieira e conta história de um construtor civil que se vê obrigado a entregar as três filhas a um gigante que as aprisionam em seu castelo, mas graças à astúcia da irmã mais nova, as outras duas irmãs chamadas no conto de irmã mais velha e irmã do meio, são libertadas. O gigante por sua vez se vê enganado e, ao abrir uma porta proibida, é congelado e cai num profundo abismo. As irmãs, juntamente com a irmã mais nova, conseguem voltar para a casa do pai. A mesma temática se vê em o conto O Grufalão. Este conto conta história de um ratinho muito esperto que consegue enganar seus predadores dizendo para aqueles que pretendiam devorá-lo, que existia um suposto Grufalão de aparência terrível. Os predadores fogem de medo e, assim, o ratinho escapa de ser devorado. Quando finalmente aparece o Grufalão o ratinho também consegue enganá-lo fazendo o crer que todos outros predadores têm medo do ratinho, o que na verdade os predadores temem  o Grufalão. Esse arquétipo é muito comum na história, e ao contrario do se imagina, não está restrito ao universo infantil.
Segundo Julio Jeha, em seu artigo “monstros como metáfora do mal”, a monstruosidade estaria relacionada metaforicamente ao mal, entre as metáforas mais comuns para se representar o mal estaria o crime, o pecado, os monstros. Sendo que, quando ele aparece na esfera legal se se atribui a ele às transgressões das leis sociais, quando aparece no domínio religioso é prontamente reconhecido como quebra das leis divinas, e quando a ocorre no reino estético ou moral dá-se o nome de monstros ou monstruosidade. Segundo Jeha, os monstros desempenhariam um papel político, uma vez que torna-se mantedor das regras sócias, os monstros seriam um estratagema para rotular tudo que infringe a lei.
Já para Maria Pontes professora e doutora em literatura portuguesa, os contos de fadas tem um poder educativo muito significativo para o desenvolvimento da criança. Para a autora tais contos ajudam os pequenos e lidar com seus medos, as crianças podem encontrar neles um suporte para supera seus medos. É isso que vemos metaforicamente no conto “Onde vivem os monstros”, pois se percebe que, ao ter contato com seus monstros internos, a criança acaba voltando para a casa dos pais. È possível se ver claramente o caráter pedagógico do conto. Vejamos um pequeno trecho do conto:    

“E agora Parem! Disse Marx e mandou os monstros para cama sem jantar. E Marx, o rei de  todos os monstros, ficou sozinho com vontade de estar em algum lugar que alguém gostasse dele de verdade. Então, por todos os lados,vindo de muito longe, atravessando o mundo inteiro, ele sentiu cheiro de coisa boa de comer e desistiu de ser rei do lugar onde vivem os monstros”.


O conto “O gigante e as três irmãs” vai trazer a figura de um gigante que consegue amedrontar um construtor civil ameaçando-o matá-lo caso ele não entregasse as suas filhas para o gigante. O construtor civil temendo a morte entrega primeiro a filha mais velha, e depois as duas outras filhas a mais nova e a filha do meio. Vejamos um pequeno trecho:


Narrador: Era uma vez um construtor civil que tinha três filhas. Estava a dirigir-se do trabalho para casa quando lhe apareceu um gigante.
Construtor civil. Por favor, deixe-me despedir das minhas filhas antes de morrer.
Gigante. Não vou te matar. Mas só se amanhã me entregares o primeiro ser vivo que vires até chegar sua casa.

O resto da história irá se desenrolar mostrando as exigências do gigante para com o construtor civil. O construtor civil se ver indefeso e acaba entregando as três filhas ao monstro. Entretanto, as três filhas acabam sendo salvas graças à astúcia da irmã mais nova que consegue enganar o gigante escondendo suas irmãs numa caixa e mandando par o pai.
Já o conto “O Grufalão” também pode se ver a astúcia do ratinho. Um aspecto interessante que há em comum nas duas obras, é que em ambas os monstros são descritos como seres cruéis, terríveis que extrapolam a normalidade. Entretanto, na obra Onde vivem os monstros é possível se ver os monstros brincando com a criança, interagindo com ela e até demonstrando alguns sentimentos pelo protagonista.  
Essa mudança é muito significativa, pois quebra aquele conceito a respeito da monstruosidade, que encara estes seres como sendo sempre criaturas maléficas e abomináveis.  Particularmente nesta obra, é possível ver o contato da criança com os monstros como uma metáfora do próprio crescimento infantil. Os monstros do conto podem estar simbolizando os monstros internos tão presentes na vida de qualquer criança. A professora Maria Pontes trata dessa questão muito bem, quando diz que os contos de fadas têm um caráter pedagógico, ou seja, além de transmitir certos valores, ajuda os pequenos no seu processo de desenvolvimento.
O que há de comum entre os três contos (O gigante e as três irmãs, O Grufalão, Onde Vivem os monstros), é que os monstros são vencidos pela astúcia do protagonista, entretanto só no primeiro e no terceiro conto se vê os monstros convivendo, ainda que forma tensa, com os seres humanos. Isso realmente é uma prova de que o conceito de monstruosidade vem se modificando nos dias atuais. Há muitas outras obras que tratam do tema da monstruosidade, entretanto, foi preciso selecionar apenas três para que a discussão não se tornasse cansativa. 


Considerações finais


As discussões que giram em torno da monstruosidade são inúmeras, principalmente no que diz respeito aos discursos. Estes discursos têm apresentado a monstruosidade como algo estranho à natureza humana, apresentam tais criaturas como seres maléficos que extrapolam os limites da normalidade em todos os aspectos. O que está comprovado é que a monstruosidade é algo inerente ao próprio ser dos indivíduos, isto é, os monstros é uma figura que espelha os conflitos humanos, os seus medos do desconhecido e também seus anseios. A monstruosidade, portanto, é parte da natureza humana, tais criaturas são seres estranhos assim como o homem também o é, se eles são maléficos com certeza espelham aquilo que está na alma humana. Sendo assim, o ser humano tem que assumir e aceitar a monstruosidade como parte constituinte do seu próprio mundo, deve enxergar neles, não um obstáculo, mas um aliado que pode ajudar a compreender a os conflitos que abatem a psiquê do homem. Só procedendo desta maneira que o ser humano poderá entender não só os mitos, mas também a si mesmo.
As reflexões sobre o tema devem ser tratadas com seriedade, pois como já discutido, a monstruosidade não é algo restrito à personalidade da criança, mas é ,antes de tudo, uma dimensão riquíssima da mente de qualquer se humano.
É possível se verificar que, com o decorrer do tempo, cada vez mais o conceito de monstruosidade vem se modificando É isso que pode se constatar em diversas obras, sejam elas escritas ou televisivas. Tal fato pode ser um indicador de que a mentalidade do ser humano está amadurecendo para um novo estagio no que diz respeito à temática da monstruosidade.


Referências


RAMOS, Ana Margarida. Os monstros e a literatura para infância e juventude. Disponível em: Acesso em: 02/02/14

JEHA, Julio, Monstros como metáfora do mal. Disponível em < www.letras.ufmg.br> Acesso
 em: 02/02/14

PONTES, Manuela Valério Ferreira . Monstros metamorfoses e crescimento infantil.
Disponível em < www.reporsitório.utad.pt> acesso em:02/02/14





















terça-feira, 27 de maio de 2014

A RELIGIÃO PODE REALMENTE TRANSFORMAR O SER HUMANO?



Antes de lançar mão de uma teoria qualquer é bom esclarecer que o tema a ser discutido é muito polêmico. Cabe também perguntar que tipo de transformação estamos nos referindo, ou seja, em que sentido o discurso religioso pode mudar a complexa natureza humana? Para ficar mais produtiva a discussão torna-se necessário contemplar neste texto só o aspecto moral.
Para Rousseau o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Segundo ele, nos primeiros estágios de vida,( a infância) o ser humano não conheceria as mazelas própria da sociedade (ambição, desigualdades sociais, competição), entretanto, o contato que criança ira manter com o meio irá ,de uma certa forma, corrompe-lo.
Todavia, para o cristianismo, todo ser humano já nasce sobre o jugo do pecado, por isso qualquer indivíduo só poderá se libertar desse jugo quando aceitar Jesus Cristo como o seu Salvador. Porém, é próprio Jesus  vai dizer que aqueles que almejavam o Reino de Deus deveria se tornar como uma criança, Cristo vai além afirmando que o Reino dos Céus pertence aos pequeninos. Pode-se perceber então que ,nesse contexto,  buscar a Deus é um caminho que envolve a  prática e não os dogmas ou liturgias.  
De acordo com a Psicanálise, a psique humana e controlada por três grandes forças que, por sua vez, estão em constante conflito. São elas: Id, ego e superego. O id é onde se localiza as pulsões: a de vida e a de morte, seria regido também pelo princípio de prazer;  o  ego  já é o sistema que estabelece o equilíbrio  entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens do superego.Segundo Ana Mercês,o ego é regido pelo princípio da realidade, tal sistema é um regulador pois altera o princípio do prazer para satisfação levando em conta as condições objetivas da realidade. Ainda segundo Mercês, o supero seria a internalizarão das proibições, dos limites e da autoridade. A moral os ideais são funções do superego, o superego introduz a ideia de culpa e de censura. De acordo com a psicanálise, as relações  entre esses sistemas podem torna-se patológicas, ocasionando o desequilíbrio do aparelho psíquico e portanto, gerando distúrbios de personalidade. È bom lembrar que tal sistema independe da crença exercida pelo indivíduo, ou seja, ninguém pode salva-se moralmente só pelo fato de internalizar preceitos religiosos já que a natureza humana é constituída de forças conflitantes.
Infelizmente é notório que durante toda história da humanidade a religião vem exercendo impactos negativos sobre a conduta humana. Por exemplo: as cruzadas, os tribunais da Santa Inquisição que  condenaram à morte milhões de inocente , principalmente cientistas e pessoas que confessavam outros credos  na idade média são alguns exemplos da  ineficácia  dos sistemas religiosos . Atualmente presenciamos no Oriente Médio, diversos conflitos árabes–israelenses que tragicamente têm sacrificados milhares de vidas. Um dos episódios mais trágicos que marcaram o século XXI foi o “Onze de Setembro”. Data essa em que grupos terroristas liderados por Ozama bin Laden atingiram as torres gêmeas ceifando a vida de muitos inocentes nos E.U.A.  
Entretanto, tais argumentos não devem servir como pretexto para se condenar a importância dos sistemas religiosos, sejam eles quais forem, contudo, é preciso se levar em conta que tais sistemas são tão falíveis como qualquer outro, e, portanto, não devem ser vistos como únicos mecanismos para se transformar a tão nefasta conduta humana.




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Gigante

O gigante Era uma vez um punhado de parasitas obesos que espalhavam o circo, e negociavam a fome. Era uma vez, uma gente a que o chicote tentou calar. Gente , que na labuta do dia a dia, regava a terra com suas próprias lágrimas Certo dia , apareceu um gigante E alguém gritou: Ele acordou!!! Na verdade nunca esteve adormecido A criatura se rebelou contra aqueles que o queria numa gaiola , E com seus passos devastador, se fez ouvir. Pegou com as palmas das mãos o mar E formou uma grande onda ! Que se espalhou assustadoramente Estremecendo os alicerces do cativeiro milenar Era uma vez um povo que cansou de ser figurante e passou a ser protagonista do seu próprio destino.

quarta-feira, 17 de abril de 2013


Mal Secreto 

Raimundo Correia






Cartas de Amor

Fernando Pessoa



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Quem disse que as palavras são coisas mortas ?
Palvras são flores ou facas,
depende de quem fala
Palavras denunciam os pensamentos revelando as intenções
 
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013




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Língua Portuguesa
 
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